Tem esse barulho que me rodeia. Essa certeza de que está sempre tudo prestes a acabar. E quando eu te olho, te amo, mas o aperto no peito é inevitável. Esse medo... medo da brevidade das coisas. Medo em grande medida do próprio tempo. Que ontem você estava em meus braços e hoje nem sei onde está, posso ligar e enfim saber, mas não é a mesma coisa, e se hoje não é, imagina se um dia eu não souber mais o seu telefone.
Acabamos de começar e fico imaginando fins. De tanto imaginar, um dia acerto. Percebe o meu problema? Essa certeza de que tudo está sempre prestes a acabar. Impossível de colocar em questão. Estou certa da efemeridade. Todos estamos. Dizemos "para sempre" desejando e não prometendo. Vocês sabem.